Juliana ficou surpresa com as perguntas de Luiz, e, por um momento, hesitou antes de responder:
— Eu já ouvi falar sobre isso, mas por que essa curiosidade toda?
— Você sabe se o povo da sua etnia consegue criar antídotos para os venenos que eles mesmos produzem? — Luiz insistiu.
Juliana começou a achar essas perguntas um tanto estranhas, mas, mesmo assim, respondeu pacientemente:
— Não sei ao certo. Meu pai faz parte dos Iurani, e eu também tenho sangue deles, mas, para ser honesta, não sou tão próxima dessa cultura. Só lembro do que ele me contava que aquele país é bem caótico e vive dividido entre castas, sabe? Tem os de alta casta, que têm mais privilégios, e os de casta baixa, que são bem menos favorecidos.
Ela apontou para uma imagem no jornal e continuou:
— Esses aqui são da casta baixa. Dá pra ver pela cor da pele e pelas roupas simples. Eles são vistos como inferiores por lá. Já meu pai, ele é de casta alta.
Luiz não conhecia muito sobre os Iurani, nem sobre o país deles, que