Esther mordeu Luiza por puro instinto, tentando fazê-la desistir da briga. Contudo, ela estava muito perto da beira do cais. No momento em que Luiza balançou o braço, Esther perdeu o equilíbrio e caiu direto no mar. Enquanto despencava, sua mente não conseguia aceitar aquele fim trágico.
Ela, que havia sobrevivido a tantas adversidades, não podia simplesmente desaparecer daquele jeito. Não se fosse para morrer, ela levaria Luiza junto.
No exato momento em que começou a cair, Esther agarrou a outra mão de Luiza com força, levando-a consigo para o mar.
As duas caíram na água ao mesmo tempo, fazendo as ondas espirrarem com força ao redor delas.
Desesperadas, ambas lutavam para se manter salvas. Luiza gritava, em pânico:
— Socorro! Socorro! Eu não sei nadar!
O vento soprava forte naquela manhã, e as ondas estavam furiosas. Cada onda parecia maior que a anterior, subindo acima de suas cabeças e as arrastando cada vez mais para longe. Luiza, incapaz de nadar, se debatia em desespero. Seus g