Esther não sentiu necessidade de prolongar a discussão. Sandro estava certo, machucar alguém pode até ser fácil, mas lidar com as consequências, nem sempre era simples.
— Desculpa, Esther. — Liliane finalmente pediu desculpas, sua voz baixa e carregada de uma certa relutância.
— Tudo bem, te perdoo. — Esther respondeu com generosidade, seu tom suave e acolhedor, demonstrando uma maturidade que não precisava se apegar a ressentimentos.
Sandro, que observava a cena com atenção, ficou satisfeito com o desfecho. Ele balançou a cabeça em aprovação e, com uma voz paternal, disse:
— Reconhecer o erro já é um bom começo. O que me preocupa é quando alguém nem sequer se dá conta do que fez de errado. Só assim você pode ser uma pessoa de respeito. E não se esqueça, Liliane, não quero ver você fazendo isso de novo.
— Eu entendi, vovô. Daqui para frente, vou me esforçar para me dar bem com todos. — Liliane respondeu com uma doçura repentina, como se quisesse apagar qualquer vestígio de tensão.
Ela