Mateus resmungou baixinho, seus olhos seguiram a silhueta de Marcelo que se afastava. Embora Marcelo tivesse dito que iria visitá-lo quando pudesse, Mateus sabia em seu coração que provavelmente era a última vez que pai e filho se veriam.
Ele acabou correndo atrás dele e, mesmo que Marcelo não tivesse aceitado o cartão bancário antes, Mateus o forçou em sua mão.
— Este cartão não é para você, é para meu neto. No passado, fui muito severo com ele.
Tanto que Estélio estava ausente há tanto tempo e o avô nem sequer havia lhe dado um telefonema.
— Não me venha com essa de que Estélio não vai querer, guarde bem esse dinheiro para ele! — O tom de Mateus era sério e não admitia contestação. No entanto, nesse momento, a imagem de Esther surgiu em sua mente. Ele fez uma pausa e tomou a iniciativa. — Posso falar algumas palavras a sós com Esther? Não se preocupe, na situação atual, com tanta gente ao redor, não posso fazer nada contra ela.
Marcelo hesitou por um momento, mas acabou chamando Es