Mayara mantinha sua expressão compassiva.
- Não pretendi dizer mais nada, Sra. Julieta, por favor, não se aborreça.
- Srta. Mayara, você se preocupa demais. - Ditas essas palavras, Julieta se virou e deixou a sala reservada.
No exato momento em que a porta se fechou, ela observou Francisco passando um lenço para Mayara.
Mayara não o aceitou.
Ele, resignado, utilizou o lenço para enxugar as lágrimas dela.
- Já é adulta, por que ainda chora tanto?
- Eu realmente não queria.
- É muito feio.
Ao dizer que era feio, o sorriso em seu rosto não se esvaiu.
Julieta segurava a maçaneta com firmeza, seus nós dos dedos embranqueceram.
Justamente na véspera, Francisco lhe disse com extrema seriedade: “Chorar é inútil. Não espere que o choro amoleça meu coração.”.
Julieta sempre pensou que o coração desse homem fosse de pedra.
Ao longo dos anos, perante ela, ele certamente podia ser considerado um ser com o coração petrificado.
Seu coração não se amolecia com suas lágrimas. Tampouco recuava com seus