Victor
Estávamos os três sentados no tapete da sala de estar, desenhando. Maya ainda não havia chegado do hospital e a babá já havia ido embora, passavam um pouco mais das sete da noite.
— Uau! Ficou lindo, querida.
— E o meu, papai? — perguntou Louise, mostrando o carro que pintava.
— Está incrível. Tenho duas artistas em casa.
— A mamãe vai passar a noite no hospital de novo? — perguntou Mary.
— Não, amor. Ela já deve estar quase chegando.
— Estou com fome — disse Louise.
— Podemos pedir pizza? — perguntou Mary.
— Vamos esperar a mamãe chegar. Okay?
— Okay — disseram juntas e voltaram a desenhar.
A porta da frente foi aberta e depois fechada.
— Papai, o que está desenhando? — perguntou Mary.
— Um cavalo.
— Parece um cachorro atropelado — falou Louise e as duas riram alto.
— Olá! — cumprimentou Maya ao entrar na sala.
— Mamãe! — As duas gritaram e correram de encontro a ela.
— Oi, minhas meninas.
Ela abaixou-se à frente delas e as abraçou, enchendo-as de beijos. As meninas riam e diz