Victor
Algo me dizia que talvez eu fosse querer matá-la. Penny entrou no carro e seguimos para dentro da propriedade até a mansão. Desci do carro sem esperar Noberto abrir a porta e ela saiu logo depois me seguindo até o escritório.
— Sente-se! — ordenei.
— Estou bem, obrigada. — Permaneceu de pé.
— Mandei se sentar! — disse alto, encarando-a. O nervoso já se espalhava em mim. Ela olhou-me assustada e sentou-se. — Fale logo!
Parei à sua frente de braços cruzados no peito.
— Victor... Maya não teve culpa do que aconteceu naquela festa. Eu sim, tive culpa.
— Explique isso melhor! — Senti uma enorme tensão em meus ombros.
Sentei-me de frente a ela na poltrona.
— Além da prostituição estou envolvida com um cartel de drogas, aqui mesmo do Texas. Cocaína, para ser mais exata. Estava precisando de mais grana e isso apareceu tão rápido, em uma oferta irrecusável que eu aceitei. Houve uma noite em que fui até um hotel no centro fazer um programa e uma entrega para pessoas distintas. Eu deixei