— É ela, só um minuto, senhor.
— Oi, Lily. Como estão as coisas por aí? — Ela colocou no viva voz.
— Péssimas, acabei de perder um paciente. Uma criança de três anos de idade, Deli. A mãe… entrou em desespero. Dei a notícia, tive que sedar a jovem. E já vou para a terceira cirurgia.
— A enfermeira-chefe me disse. Você comeu?
— Não vai dar tempo. Tomei um suco agora. O acidente foi muito feio, tem mais pacientes chegando a cada minuto. E não temos médico suficiente.
— Lily, liguei para Candance e mandei um avião para ela. Ela deve chegar em pouco tempo. Quando vi a reportagem na televisão, também fiquei transtornada. Mas estou preocupada com você, porque pelo jeito vai varar a noite em cirurgia.
— Obrigada por ligar para Candance; ela vai ajudar muito. E sim, vou varar a noite.
— Estou indo levar comida para a senhora, e não me diga que não. Logo depois dessa cirurgia, vai comer, nem que eu tenha que amarrá-la. Entendeu?
— Ok, não sei quando sairei do centro cirúrgico. Deixe com a enf