"Eu sei que você está aí," ela chamou, sua voz ecoando nas paredes de pedra. "O homem que matou meus pais. O Cirurgião."
Por um momento, houve apenas silêncio. Então, uma voz suave, quase gentil, respondeu das sombras à frente.
"Isabella Rossi. Eu me perguntava quando finalmente nos encontraríamos."
Koval emergiu da penumbra, a alguns metros de distância. Sem a confusão da biblioteca, Isabella pôde observá-lo claramente pela primeira vez. Ele era surpreendentemente comum – altura média, constituição magra mas atlética, rosto que poderia pertencer a qualquer homem de negócios ou professor universitário. Apenas seus olhos revelavam sua verdadeira natureza – frios, calculistas, completamente desprovidos de empatia.
"Você se lembra deles?" perguntou Isabella, a voz trêmula de emoção contida.
"Você se lembra dos rostos das pessoas que mata?"
Koval inclinou a cabeça levemente, como se considerasse a pergunta com genuíno interesse. "Curiosamente, sim. Cada um deles. Seu pai tinha olhos dete