Zoey
O toque de Henry no meu braço não era um convite e sim um comando.
A força com que ele me arrastou para longe de Marcus Brandt foi um choque de pura adrenalina e possessividade. Não éramos dois colegas de trabalho se movendo em uma sala lotada; éramos um predador e sua presa e ele não estava mais se dando ao trabalho de fingir cortesia. Marcus, o magnata da energia, ficou para trás, com um sorriso de escárnio que mostrava que ele entendia perfeitamente a dinâmica que acabara de ser exposta. Henry Blackwood não estava apenas protegendo um trunfo corporativo e sim marcando seu território em público.
— O que foi isso, Henry? — Minha voz era baixa e fria, com a fúria profissional de Zoey Sinclair. Meus olhos faiscavam. O azul-cobalto do meu vestido parecia se aquecer com o calor da minha raiva. Eu podia ter me divertido com a quebra do seu muro de contenção, mas não aceitaria ser tratada como propriedade.
Ele me puxou para um nicho discreto perto de uma fonte, as luzes baixas do