POV Henry BlackwoodMinha vida sempre foi feita de controle. Mas ninguém nasce com ele — aprende-se.Cresci sob o olhar exigente dos meus pais, em uma casa onde o sucesso era esperado, não celebrado. Meu pai, Charles Blackwood, acreditava que emoções atrapalhavam decisões. Era o tipo de homem que media o valor de alguém pelo resultado, não pelo esforço. Minha mãe, Eleanor, era elegante e inteligente, mas tão contida quanto ele. Afeto, em casa, vinha em forma de metas atingidas, prêmios conquistados e comportamentos impecáveis.Meu sobrenome sempre abriu portas, mas nunca me iludi com isso. Desde cedo entendi que heranças não constroem legados, apenas testam se você é digno de tê-los. Aos doze anos, já acompanhava meu pai em reuniões. Ele não falava muito, apenas observava e esperava que eu fizesse o mesmo. Foi assim que aprendi a ler expressões, prever intenções e entender que confiança é a moeda mais cara no mundo dos negócios.Quando entrei na universidade de negócios, muitos achava
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