A manhã seguinte chegou com uma luz cinzenta entrando pelas janelas do loft. O céu estava coberto de nuvens pesadas, e o clima parecia combinar perfeitamente com o humor de Caio. Ele acordou antes de mim, e quando desci, ele já estava na cozinha, apoiado na bancada com uma xícara de café meio intocada nas mãos.
— Dormiu bem? — perguntei, com a voz ainda rouca de sono.Ele me lançou um olhar breve, um daqueles em que ele tentava sorrir, mas o peso nos olhos denunciava tudo.— Mais ou menos. Fiquei pensando em como vai ser hoje.Me aproximei e passei os braços ao redor da cintura dele, encostando o rosto em suas costas.— Não precisa se preparar tanto. Só seja você.— É isso que me preocupa. — Ele virou para me encarar. — Ser eu nunca foi suficiente pra eles.— Talvez hoje seja o momento deles perceberem o quanto estavam errados.Caio sorriu, mas sem entusiasmo. Tomou um gole do café e depois pouso