A noite caiu devagar, como se até ela tivesse medo de interromper o momento. Ainda havia o cheiro das flores no ar e o gosto do beijo dele nos meus lábios quando descemos de volta para o apartamento, de mãos dadas e com os passos desacelerados, como se quiséssemos alongar aquele “sim” por mais algumas horas.
Caio abriu a porta, e lá dentro havia uma mesa posta com velas acesas, uma sobremesa lindamente montada no centro e uma pequena caixa de som tocando uma música instrumental suave.— Isso aqui não existia antes.— Milagres de uma ajudante eficiente — ele respondeu com um sorriso cúmplice. — A Lana fez tudo em menos de trinta minutos. Acho que ela estava mais animada que eu.— Isso é impossível — murmurei, tocando no anel mais uma vez. O anel. A palavra ainda ecoava dentro de mim. Noiva. Era isso o que eu era agora?Nos sentamos, mas comemos pouco. Não por falta de fome, mas por excesso de emoção. Cada troca de olhar parecia u