56. Seja Minha!
Andrei permanecia olhando o jardim. Por um instante, parecia querer fugir dali, mas o peso em seus ombros denunciava o contrário. Suspirou e baixou o olhar, como se cada palavra que tentasse dizer lhe rasgasse o peito.
— Nunca deixei de amá-la… nem por um dia. Cada lembrança está guardada, intacta. Hoje fazem seis anos que a vi pela primeira vez… e faz exatamente um ano que a vi pela última vez.
Senti um aperto no coração. Não havia julgamento, apenas a crueza da dor que ele carregava. Seu olhar, carregado de melancolia, era o que mais doía, pois eu sabia perfeitamente como era querer alguém que não podia ter de corpo, alma e coração.
— Sinto muito, Andrei. Não consigo imaginar o que você está sofrendo… espero que, em algum momento, encontre a sua felicidade.
— Você vive algo parecido, não é? — Seus olhos verdes encontraram os meus, tentando decifrar minha expressão. — Meu irmão é cabeça dura, mas espero que, em algum momento, ele perceba… que também a ama. Pois você, Sophie, merece t