DavidO amor nunca foi um território seguro para mim. Sempre o enxerguei como uma fraqueza, uma armadilha onde homens poderosos caem sem perceber, até que seja tarde demais. Eu cresci ouvindo que devemos dominar, nunca nos deixar dominar. Mas com Lizandra... tudo virou de cabeça para baixo. Desde aquela primeira vez em que a tive, quando rompi sua inocência e senti um prazer tão devastador que quase me destruiu, soube que estava perdido.O medo tomou conta de mim naquela noite. Não pelo que fiz, mas pelo que senti. Nunca, em toda a minha vida, havia experimentado algo tão intenso. O prazer físico foi avassalador, mas o que me deixou apavorado foi perceber que ela tinha um poder absoluto sobre mim. Um simples sorriso tímido dela podia me desarmar, uma lágrima podia me destruir. E eu não estava pronto para isso. Então, fiz o que sempre fiz diante do medo: ataquei. Afastei-a com palavras cruéis, destruí algo puro porque a verdade era dolorosa demais para encarar.Mas isso já passou.Eu,
Gêmeos LopezA adrenalina corre como um relâmpago nas nossas veias. O coração bate tão rápido que parece que qualquer um poderia ouvir, mesmo aqui, nos confins dos dutos de ventilação da mansão Lambertini. Alice e Alicia estão à nossa frente, movendo-se com a agilidade de quem já fez isso outras vezes. Eu, Luan, lanço um olhar para Leyan, o meu irmão apenas sorri de lado, aquele sorriso de quem sabe que estamos nos metendo em algo perigoso e excitante ao mesmo tempo.— Tem certeza que desligou todas as câmeras, Alicia? — Leyan pergunta, mantendo a voz baixa.— Absoluta. — ela responde, piscando de forma provocante.Quando finalmente escapamos para fora da mansão, pegamos um carro de aplicativo e seguimos direto para a boate Gemini, elas disseram que pertence a família e é o melhor lugar da cidade. O coração ainda bate acelerado, mas agora é por outro motivo. As gêmeas Lambertini estão ao nosso lado, lindas, destemidas, e impossivelmente sedutoras.A boate está cheia, luzes piscando a
LizandraHá algo de surreal no momento em que adentro o salão ao lado de David. O burburinho, os flashes incessantes das câmeras, os olhares de admiração, tudo parece distante, abafado, como se estivéssemos em uma bolha só nossa. A mão firme dele entrelaçada à minha é a única coisa que me ancora à realidade. Sou Lizandra Lambertini agora. E esse nome pesa, não como um fardo, mas como uma coroa.Cumprimentamos cada convidado, os sorrisos, os abraços, os desejos de felicidade, há uma mistura de genuína alegria e uma tensão sutil que só quem conhece bem esse universo percebe. Darlan, Derick, Alessandro, Paolo, todos ao redor de David, enquanto minha mãe, a Elaine, e a Liana se certificam de que estou bem. Ver Maia, Luna e mais alguns amigos da faculdade me traz um alívio doce, um pedacinho do meu antigo mundo misturado ao novo.Então, a música muda. As luzes diminuem, e o mestre de cerimônias anuncia o momento da primeira dança dos noivos.David me puxa delicadamente para o centro da pis
NinaO destino tem um jeito estranho de brincar com a gente. Um momento você está calmamente organizando papéis no escritório, pronta para encerrar o expediente, e no instante seguinte, uma voz grave, profunda, quase um sussurro rouco, atravessa o silêncio e faz cada centímetro da sua pele arrepiar.— Boa tarde, Nina.O som me atinge como um raio. Meu coração dispara e, quando ergo os olhos, o mundo parece perder o equilíbrio. Angel Santiago. O homem que jamais imaginaei estar aqui. O homem que eu nunca consegui esquecer.Por um momento, tudo ao meu redor some. O escritório, os papéis, o tempo... só existe ele. Impecável em um terno perfeitamente ajustado ao seu corpo másculo, cabelo levemente bagunçado, barba cerrada. E aquele olhar intenso que me devora sem nenhum pudor.— Angel? — minha voz sai como um sussurro incrédulo.Ele esboça um sorriso torto, cínico e irresistível.— Esperava alguém diferente?Engulo em seco, tentando ignorar a onda de calor que já começa a subir pelo meu
Don VittorioOs jornais estão espalhados sobre a mesa do meu escritório. Manchetes gritantes, fotos impecavelmente editadas, sorrisos ensaiados, o casamento do meu primogênito, David Lambertini, é a notícia do momento em toda a Argentina. A imagem sorridente de David e Lizandra dominam as capas, acompanhadas de manchetes que exaltam a união do herdeiro Lambertini com a jovem encantadora que roubou o seu coração. O casamento foi um evento grandioso, e cada detalhe, desde a cerimônia até a recepção, foi meticulosamente comentado.Um espetáculo digno da grandeza dos Lambertini, onde cada detalhe foi meticulosamente calculado. Mas o que me faz cerrar os punhos não são os elogios à cerimônia ou às estratégias empresariais de Darlan, que vem liderando o grupo com uma precisão que até mesmo eu preciso reconhecer. O que me enfurece são os comentários sobre as mulheres da minha família."A beleza estonteante de Liana Lambertini rouba a cena..." "As misteriosas gêmeas Lambertini surgem ao lado
DavidEu nunca imaginei que o simples fato de chamá-la de "minha esposa" pudesse provocar esse turbilhão dentro de mim. Meu coração bate tão forte que parece que vai romper minhas costelas, e cada vez que olho para Lizandra, nua e entregue, só aumenta essa necessidade animalesca de possuí-la. Ela é minha. Minha mulher. Minha esposa e estou muito orgulhoso de tê-la em meu nome.Seu corpo está em chamas, e os hormônios da gestação a deixam ainda mais desejosa. Seus olhos estão cheios de luxúria, e sua pele arde sob minhas mãos. Estou completamente perdido nela, sem controle algum.— David… eu preciso de você — ela sussurra, a voz rouca de tesã0.— Precisa de mim… ou do meu pau, sua safadda? — provoco, segurando o seu queixo, fazendo-a encarar o meu olhar faminto.—Do seu pau, gostoso… dentro de mim. Agora! — ela responde sem hesitação, me deixando ainda mais duro, se é que isso é possível.Sorrio de lado, meu instinto dominante à flor da pele.— Se quer o meu pau, vai ter… Mas antes, vo
LianaO silêncio nunca foi algo comum nesta casa.Por isso, quando me vejo cercada por um vazio inquietante, cada fibra do meu ser se acende em alerta máximo. Onde estão eles? Cinco adolescentes sob o mesmo teto nunca significam calma, ao contrário, são uma promessa de caos, de risos altos, de brincadeiras que beiram a linha tênue entre o permitido e o proibido. O silêncio, porém, ecoa como um sussurro perigoso pelos corredores.Saio em uma caça silenciosa, meus passos ecoando pelo piso de escuro.E então, eu os encontro, os cinco.Na piscina.O sol da tarde banha a água azul cristalina, refletindo os corpos jovens que mergulham e riem sem nenhuma preocupação. As gêmeas Lambertini, Alice e Alicia, estão espirrando água uma na outra, gargalhando de forma tão sincera que meu coração se aquece. Layane, a mais nova, está encostada na borda, os cabelos escorrendo como seda molhada, um sorrisinho divertido nos lábios enquanto observa os irmãos Lopez, Luan e Leyan, disputando uma corrida até
Angel SantiagoPenso como esse casamento com NIna será útil, principalmente por me facilitar um acordo sólido com David Lambertini. Mas o silêncio da manhã é traiçoeiro.Não é um silêncio qualquer, é denso, carregado de promessas e perigos, o tipo de silêncio que um homem como eu, Angel Santiago, aprendeu a respeitar. Meus olhos se abrem devagar, e a primeira coisa que sinto não é o peso do meu nome ou o fardo de ser um Don. É ela.Nina.Sua cabeça repousa no meu peito, os fios dourados espalhados sobre minha pele marcada pela vida. Seu corpo está parcialmente coberto pelo lençol amassado, uma lembrança muda da noite ardente que compartilhamos. Eu a fiz minha mais vezes do que consigo contar, como se cada toque fosse uma tentativa desesperada de imprimi-la em mim, de garantir que mesmo quando eu voltasse para o Uruguai, seu cheiro, seu gosto, ainda estariam comigo.E agora, a vejo aqui, adormecida, serena. Tão minha e, ao mesmo tempo, livre.Deslizo a ponta dos dedos pelo contorno de