Marco Sila
Eu sou Marco Sila. Não sou um homem comum. Não sou um homem bom. Eu sou um sobrevivente.
Desde pequeno, aprendi que o mundo é uma selva. Não há bondade sem segundas intenções, não há amor sem um custo. A minha mãe, dona Judite Sila, tentou me ensinar o contrário. Era uma mulher forte, doce comigo, mas devastada pela perda do meu pai, Martin Sossa. Um homem que, para mim, era um rei. O verdadeiro padrão de um mafioso.
Meu pai não aceitava a fraqueza. O Don anterior era uma piada, um frouxo que perdia respeito dia após dia. Meu pai não apenas quis mudar isso — ele agiu. Assassinou o Don sem hesitar, um ato de coragem e poder. Mas o que ele não previu foi a vingança do filho dele, o maldito Vittorio Lambertini. Uma resposta cruel e impiedosa. Vittorio matou meu pai, deixando minha mãe viúva e a mim, um garoto perdido, mas consciente.
Eu vi o corpo do meu pai no caixão, lembro-me do cheiro das flores misturado ao cheiro de sangue. Eu era só uma criança, mas sabia que um dia ret