David
O amor, quando verdadeiro, não conhece barreiras. E ali, com Lizandra nos meus braços, essa verdade se impõe com uma força esmagadora.
Ela desliza as mãos delicadas pela minha cintura, traçando meu contorno como se precisasse se certificar de que sou real, me puxando e induzindo a velocidade que deseja receber cada estocada profunda, confirma a nossa realidade, a intensidade desse momento, em que a amo, sem pressa, sem punição…
— Eu tentei, David — ela murmura, a voz embargada.
— Tentei te esquecer. Me convencer de que tudo era um erro. Mas... você nunca saiu da minha cabeça.
Meu coração aperta. A dor da separação, da distância forçada por orgulho e medos, se dissolve diante dessa confissão. Inclino-me e beijo sua testa, depois suas pálpebras, seu nariz e, por fim, sua boca macia.
— Eu sou seu, Lizandra. Sempre fui.
— Mas preciso ouvir de você. Vai voltar pra mim? Por favor, apenas essa chance.
Ela desliza as mãos para o meu rosto e me olha com intensidade.
— Sim. Mas só essa