Liana
A mesa está farta, repleta de risadas e vozes animadas que ecoam pelas paredes da mansão. O perfume da comida se mistura ao aroma amadeirado dos móveis antigos, criando um cenário acolhedor. Mas o que realmente aquece meu coração é a imagem das minhas netas, Brenda e Briana, aninhadas no carrinho de bebê, observando tudo com olhos curiosos, como se já soubessem que fazem parte de algo grandioso. Elas são o elo entre o passado turbulento e um futuro repleto de esperanças. O sangue dos Lambertini corre em suas veias, e isso é ao mesmo tempo uma bênção e um peso.
— Elas vão ser perigosas quando crescerem — Don Vittorio comenta com um sorriso orgulhoso, cruzando os braços enquanto as observa com ternura.
David, ao meu lado, balança a cabeça, rindo baixo.
— Se puxarem ao pai, sim. Se puxarem à mãe... bem, aí serão imbatíveis.
Lizandra revira os olhos, fingindo exasperação, mas seu sorriso denuncia o orgulho que sente.
A sobremesa chega, e todos aproveitam para relaxar e se perder em