Lizandra
Eu deveria estar com medo. Deveria estar furiosa.
Mas tudo o que sinto é um calor insuportável queimando dentro de mim.
David me sequestrou, me trouxe para essa casa de praia e agora me olha como se fosse informado exatamente o que está acontecendo comigo. Como se sentisse a minha pele formigar de antecipação, como se pudesse ouvir os meus pensamentos mais obscenos.
— Você não pode fazer isso! — avanço contra ele, socando o seu peito, empurrando-o com toda a força que tenho.
Ele me segura facilmente pelos pulsos e me prende contra a parede. Meu corpo arqueia involuntariamente, respondendo ao domínio do desejo.
— Não se esqueça dos nossos bebês, amor. — a voz dele é um rosnado grave, vibrando dentro de mim.
Minha respiração falha. O desejo me consome, mas luto contra isso. Contra ele. Contra mim mesma.
— Eu te odeio. — sussurro, mas minha voz treme.
Os olhos de David brilham, um sorriso torto se forma em seus lábios.
— Mente melhor, Lizandra.
Ele inclina a cabeça, seus lábios