Alícia
— Sabe Marco, eu te acho velho demais para tamanha inocência e há uma coisa que você precisa saber sobre mim: eu nunca deixo uma dívida sem pagamento. você ousou tocar no nome da minha família, ameaçou as mulheres que eu amo, e agora está aqui, despido, desonrado e à mercê das minhas mãos.
O ambiente no galpão é pesado, saturado pelo cheiro metálico de sangue e suor. O corpo de Marco está estirado sobre a maca, cada parte dele marcada pela nossa "arte". Eu respiro fundo, sentindo a adrenalina correr nas veias, e dou um sorriso de canto ao ver minha irmã, Alice, girar a marreta manchada de sangue. Geovane nos observa, ainda segurando o próprio saco como se quisesse garantir que nada dele acabaria como o de Marco.
Mas ainda não terminamos.
Sem desviar o olhar do rosto desfigurado de Marco, caminho até a mesa de instrumentos e pego a sonda, ou como gosto de chamar, a sonda do amor. É um tubo metálico, grande, grosso, feito para penetrar os valentões, mas hoje, seu propósito será m