Dominic Castellano.
A fumaça do cigarro se dissipava no ar noturno, mas o ódio ardia dentro de mim como um incêndio impossível de ser contido. A lembrança dos olhos desesperados dos meus pais, implorando pela vida do filho caçula, fazia minha mandíbula se contrair e minhas mãos formigarem de raiva.
Misericórdia? Não tiveram por mim. Não quando me venderam como um pedaço de carne descartável.
O carro desacelerou suavemente na entrada da mansão. Sérgio saiu rapidamente e abriu a porta. Dei uma última tragada, sentindo a nicotina deslizar por minha garganta como um veneno viciante. Joguei o cigarro no chão e o esmaguei com a ponta do sapato, sem desviar o olhar.
— E o meu Sojung? — Minha voz saiu tranquila, mas a intensidade oculta nela fez Sérgio se endireitar automaticamente, como um soldado recebendo ordens.
— Ele não saiu do apartamento, meu senhor. — A resposta veio precisa, do jeito que deveria ser.
Sorri de lado, satisfeito.
— Excelente. — Murmurei, passando por ele e caminhando p