O cheiro de sal e gasolina queimada impregnava o ar do porto quando percebemos que havíamos caído na armadilha.
— Merda — Luca rosnou, baixando o rifle quando os primeiros tiros ecoaram nos contêineres.
Os faróis de quatro SUVs pretos acenderam de repente, iluminando nosso grupo como alvos em um estande de tiro.
Enzo puxou minha mão com força, arrastando-me para trás de um container de metal.
— Você disse que a informação era segura! — ele gritou para Luca, que se posicionou ao nosso lado, a arma pronta.
— E era!— Luca deu três tiros precisos na direção dos veículos. Um grito de dor respondeu. — Alguém nos entregou.
O som de botas no asfalto se aproximava. Eu engoli seco, sentindo o peso da pistola na minha cintura. Não estava em condições de lutar — minha perna ainda doía, minhas costelas latejavam — mas não havia escolha.
— Quantos? — perguntei, encostando as costas no metal frio.
— Demais — Enzo respondeu secamente.
Luca olhou para nós dois, seus olhos escuros refle