O sol nascera tímido em Navenra, tingindo de laranja as muralhas da estalagem. Elena reuniu os selos — o Coração do Início, o Selo Âmbar e o Selo de Cinza — e tomou um fôlego profundo. Ao seu lado, Aedan, Kaela, Malrik e Nevara montavam as bagagens. A jornada até a lendária Cidade do Tempo Partilhado os levaria por terras esquecidas, florestas ancestrais e trilhas que testariam os limites de seus sentidos.
— Preparem-se — aconselhou Nevara, ajustando o manto cinzento. — Assim que cruzarmos o portal, o tempo aqui não obedecerá mais às leis conhecidas.
— Já tive uns pesadelos com isso — murmurou Malrik, apertando o punho na empunhadura da adaga. — Não quero viver neles de verdade.
— Precisam confiar em mim — disse Nevara, erguendo o braço para apontar a direção. — Para oeste, além das Colinas Sombrasgadas. Há um monólito granítico coberto de runas lunares. Aquele é o Portal do Luar Quebrado. É mais do que pedra. É memória petrificada.
Elena assentiu. — Hoje à noite, quando a lua estiver