No coração de São Paulo, em um restaurante reservado frequentado apenas pela elite, dois sorrisos frios se cruzaram sob a tênue luz dourada.
Leonardo Vian girava sua taça de vinho com calma, mas seus olhos estavam afiados como lâminas. À sua frente, Cecília Moretto exalava elegância e veneno em proporções idênticas. Ela havia trocado os tons claros por um vestido escuro, justo, como se até sua aparência dissesse que estava em guerra.
— Então... — Leonardo começou, com um sorriso cínico. — Dante e Valentina finalmente estão longe um do outro. Mas ainda perigosamente perto do poder.
Cecília soltou um risinho contido.
— Valentina é como um vírus. Você tenta afastá-la, mas ela se adapta e vence. Só que toda estrutura desmorona quando a base é podre... e eu conheço todas as rachaduras dela.
Leonardo a encarou, analisando cada palavra.
— E eu conheço as de Dante. — respondeu ele. — O que você propõe?
— Uma aliança.
Leonardo arqueou uma sobrancelha.
— Você está me propondo um pacto, Cecília?