Patrícia exibia uma expressão de dor e conflito ao afastá-lo:
— Você, me deixe pensar um pouco.
Ela entrou no carro, e Antônio segurou a porta, relutante em deixá-la ir:
— Você poderia não ir, por favor?
— Tenho minhas preocupações. Se soubesse que você estava aqui, não teria vindo hoje. Meu coração está confuso agora, pode me deixar para eu pensar com mais clareza?
— Você não pode continuar ignorando minhas mensagens.
— Está bem.
Só então Antônio soltou a porta do carro. Patrícia, antes de acelerar, lançou a ela um olhar como se tivesse algo a dizer, mas permaneceu em silêncio, com uma expressão de quem está à beira das lágrimas.
Para alguém como Antônio, a melhor estratégia é a procrastinação, fazê-lo pensar por si mesmo em um processo contínuo de questionamento e reconstrução. Ele está confuso, e precisa perceber que está mais desorientado do que imagina.
Na próxima fase, ele assumirá o papel de vítima, sentindo pena de si mesmo a ponto de não conseguir se desvencilhar, e ela poderá