VII. Café da Manhã
O primeiro som que Serena ouviu ao acordar foi o suave crepitar da madeira queimando na lareira. A luz fraca da manhã filtrava-se através das cortinas finas, tingindo o quarto de um tom dourado suave.
Ela piscou algumas vezes, permitindo que a consciência a alcançasse. Durante alguns instantes, apenas permaneceu ali, sentindo o peso das cobertas sobre o corpo e ouvindo o silêncio do castelo. Era diferente de qualquer manhã que já tivera. Não havia o barulho da cidade, os ruídos abafados de vizinhos ou o som dos passos de desconhecidos no corredor de um prédio qualquer. Ali, tudo parecia… tranquilo.
Tranquilo demais.
Inspirando profundamente, afastou as cobertas e se levantou. Sentiu o piso frio contra os pés descalços e estremeceu levemente antes de seguir até o banheiro.
A água quente do banho ajudou a despertar por completo. Enquanto massageava os ombros, observou o próprio reflexo no espelho embaçado.
Serena sempre teve uma beleza incomum. Sua pele pálida contrastava com os longos