O trajeto do shopping até em casa foi ele sem falar nada, mas me olhando toda hora pelo retrovisor.
Hoje realmente não era o meu dia, por que não fiquei em casa? Me martirizo em pensamentos quando ainda de longe vejo meu pai falando com uma mulher, ele está sério, passa a mão no rosto enquanto a mulher fala algo pra ele, eu conhecia muito bem aquela mulher e mesmo cinco anos depois eu não esqueceria aquele rosto.
— Devagar, devagar, devagar...
Digo agitada e Cristian diminui a velocidade.
— O que foi? Aconteceu alguma coisa?
Ele pergunta nervoso no mesmo instante que passamos em frente ao casal, tenho o prazer de baixar o vidro do carro e olhar bem para a cara do meu pai.
Se a situação não fosse complicada eu até iria gargalhar da cara dele pálida me olhando.
Mas a frente Cristian para o carro e eu me assusto.
— Parou por que?
— Seu pai mandou!
— E eu estou mandando você ligar o carro e seguir em frente! Você é meu motorista!
Digo e ouço meu pai falar assim que Cris destrava a