Nelson não teve coragem de encarar o olhar afiado de Alana. Instintivamente, ele olhou para Liz, tentando se justificar. Ele sabia que, no final, o mais importante era acalmar Liz.
— Liz, me escuta, deixa eu explicar... — Disse Nelson, com a voz ansiosa.
Liz afastou a mão dele com um movimento rápido. A expressão normalmente tranquila de Liz estava completamente desestabilizada.
— O áudio já foi reproduzido, o que mais você pode dizer? — Liz perguntou, com os olhos cheios de ressentimento e incompreensão. — Vai me dizer que a voz no celular não é a sua?
— Eu… — Nelson tentou responder, mas a hesitação o traiu.
Seus olhos brilharam por um instante, como se tivesse acabado de pensar numa desculpa. Ele estava prestes a dizer que o áudio havia sido manipulado, mas Alana, como se previsse o próximo movimento dele, agiu rápido.
— Cunhado, basta olhar o horário da gravação. Foi feita há poucos minutos. — Disse Alana.
Ela estreitou os olhos e sorriu. Era um sorriso belo, mas carregado de um ar