POR LINCY
Logo que meu irmão saiu para a escola e meu pai para o trabalho, abri o portal de volta para São Paulo. Nessa hora, Bruna e Jonas já deveriam ter saído para o trabalho, enquanto Lorena e Zuldrax provavelmente estariam tomando café. Ao passar para o outro lado, ouvi murmúrios vindos do quarto deles. Como a porta estava entreaberta, decidi dar uma olhada.
— Está tudo bem aí? — perguntei. Zuldrax estava deitado, trêmulo, embaixo do cobertor, enquanto Lenissya segurava um copo de água e um comprimido, tentando convencê-lo a tomá-lo.
— Zuldrax está com febre e não quer tomar o remédio.
— Ela já me deu esse remédio antes. O gosto é terrível! — Zuldrax tentou se explicar.
— Eu já disse que é só engolir inteiro com a água que você não sente o gosto.
— Eu não quero isso.
Fiquei com pena ao vê-lo encolhido. Tinha me esquecido de que, por ser de outro mundo, ele não tinha anticorpos para as doenças daqui.
— Vai mesmo fazer birra na frente da Lincy? O poderoso e imponente ‘Zuldrax, o te