POR LINCY
A empresa que me contratou contava com outros oito funcionários e ocupava duas modestas salas comerciais no terceiro andar. Chequei meu relógio enquanto me sentava em meu lugar. Em mais alguns minutos, eu teria chegado atrasada. Havia algumas pastas sobre a mesa, com uma nota colada por cima.
“Cheque os autos e me mande um relatório resumido ao fim do dia.”
Isso era a cara do meu chefe. Desde que comecei a pontuar questões relacionadas aos processos que recebia, ele me colocara na função de checar tudo. Abri a primeira pasta e prendi todas as folhas em uma prancheta. As divisórias entre os funcionários eram feitas de paredes falsas baixas, o que, suponho, serve para dificultar conversas paralelas que possam afetar o rendimento do trabalho. Isso era bom, pois eu podia usar minha aura inteligente para folhear os documentos, grata por ser uma maga.
Com um panorama geral do cenário, coloquei a prancheta sobre a mesa e comecei a folhear manualmente as páginas nos principais pont