Miguel fingiu não ouvir, deu um passo largo para fora e encontrou Luiza à porta do clube.
Ela estava sentada na calçada, perdida em pensamentos, fixando o olhar no canteiro de flores.
Miguel se aproximou.
Luiza ergueu o olhar.
Então, seu pulso foi agarrado por Miguel, que, sem proferir uma palavra, a levou consigo.
Luiza, atônita, indagou:
- Miguel, o que está fazendo?
- Vamos para casa. - Respondeu ele, sucintamente, acomodando ela no carro luxuoso e partindo em direção à casa ancestral.
Durante todo o trajeto, Luiza se manteve calada.
Chegando à casa ancestral, ambos permaneceram em silêncio. Luiza pegou suas roupas, se dirigiu ao banheiro para tomar banho e o fez em silêncio.
Após o banho, ela avistou Miguel atendendo a uma chamada.
Provavelmente era Clara, pois Miguel disse ao telefone:
- Não vou mais.
Luiza, com o coração apertado, fingiu não ouvir e se aconchegou sob os cobertores para dormir.
Tudo aquilo já não lhe dizia respeito.
Ela deveria tratá-lo como um estranho, sem se im