Luiza lançou um olhar para Miguel, sentado ao seu lado, com um perfil bonito e encantador.
De repente, sentiu que era bom ter alguém para apoiá-la.
Ela gostava dessa sensação de ter um porto seguro, mas sabia que não deveria se deixar levar. Afinal, Clara estava grávida e era necessário guardar seu coração.
- Em que você está pensando? - Perguntou Miguel, em voz baixa.
Luiza voltou a si, olhando meio atordoada para ele.
- Nada, por quê?
- Deixei meu celular no sofá, pode pegá-lo para mim? - Pediu Miguel.
- Claro.
Luiza foi buscar obedientemente. Ao pegar o celular, viu várias chamadas perdidas, todas de Clara. Os olhos de Luiza escureceram.
Nesse momento, a porta da sala se abriu e Clara entrou, carregando uma bolsa.
Luiza, que estava indo em direção à porta, deu de cara com ela.
Clara sorriu levemente, parecendo ter esquecido o momento constrangedor da manhã, e acenou para ela.
- Lulu, você também está aqui?
O humor de Luiza amargou.
Clara segurou sua mão, dizendo suavemente:
- L