Luiza enxugou as lágrimas e disse a Lívia:
- Lívia, pode passar o remédio em mim?
- Claro. - Lívia tratou Luiza como se fosse uma criança, pegou um cotonete para aplicar o medicamento e instruiu. - A senhora deve ficar quietinha hoje. O senhor pediu para você ficar em casa e não ir a lugar nenhum.
- Entendi. - Luiza respondeu de maneira abafada, era sábado hoje, se não saísse, então não saiu.
Ao meio-dia, Miguel ligou para Lívia, perguntando como Luiza estava.
Lívia respondeu:
- A senhora está bem, já aplicou o remédio e está em casa almoçando.
Luiza, que estava ao lado almoçando, ouviu que era uma ligação de Miguel e disse:
- Lívia, me dê o telefone, eu vou falar com ele.
Lívia passou o telefone.
Luiza pegou o telefone, e Miguel, do outro lado, ficou em silêncio.
Luiza esperou um momento, começou a ficar nervosa e inconscientemente chamou:
- Miguel...
Por que ele não estava falando?
Havia acontecido alguma coisa?
- Como está a sogra? - Luiza, segurando o telefone, se sentiu nervosa s