— Eu não fiz nada com você. — Ele virou a cabeça.
Luiza segurou o rosto dele com suavidade e disse:
— Então, o que você quer dizer? Você não me mata, não fala comigo, apenas me mantém aqui trabalhando como uma escrava. É isso que você quer?
Miguel não respondeu.
As pontas dos dedos pálidos dela tocaram o rosto dele enquanto ela o olhava com malícia.
— É isso que você realmente quer? Me manter presa aqui, torturando a nós dois por toda a vida? Ou você prefere que eu tome a iniciativa e faça algo por você?
Miguel a olhou, e de repente disse seu nome:
— Luiza, eu não sou tão estúpido, não vou cair na sua armadilha.
— Você está com medo?
Miguel deu uma risada sarcástica.
— Medo de quê? Agora que você está em minhas mãos, acha que vai escapar?
— Sim, eu não posso escapar de qualquer jeito, então do que você tem medo? Se você é tão capaz, por que não garante que eu nunca fuja? — Luiza se aproximou, envolveu o pescoço dele e roçou os lábios nos dele.
Miguel falou friamente:
— Você acredita qu