A sala de enfermagem estava mais silenciosa do que o normal. Só o som dos monitores e o tique-taque do relógio pregado na parede preenchiam o espaço. Danilo estava organizando uma bandeja de medicamentos quando eu entrei, tentando manter a expressão neutra, embora por dentro eu me sentisse desabando.
— Tem um minuto? — perguntei, parando na porta.
Ele levantou os olhos, gentil como sempre, e indicou a cadeira ao lado da mesa.
— Pra você, tenho até dois.
Sentei. Respirei fundo. Não sabia bem por onde começar.
— Eu... Eu acho que não tô bem — confessei, baixando o olhar.
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