— Onde você está? Por que durante todos esses dias você não atendeu minhas ligações? Agora você não precisa mais da sua mãe, é isso?
Fernanda disparou as perguntas, uma atrás da outra, em um tom cada vez mais pesado.
Rafael respondeu com frieza:
— Estava viajando a trabalho. Ocupado, sem tempo pra atender.
Fernanda, irritada, respondeu:
— Você vai voltar agora! Imediatamente! E se não voltar, não precisa mais me chamar de mãe!
Rafael percebeu que o tom dela estava estranho. Sem fazer mais perguntas, desligou o telefone e foi direto para casa. Assim que chegou à porta, ouviu o som de um vaso se quebrando ao chão.
Rafael parou por um instante, respirou fundo e entrou.
— Mãe, cheguei.
Ao ouvir a voz dele, Fernanda apareceu furiosa e começou a falar sem parar:
— Que tipo de gente você anda se envolvendo? Viviane é uma vagabunda, isso eu já sabia, mas a família dela... São piores que bandidos! A mãe dela, então, é a própria encarnação de uma barraqueira! Gente baixa, nojenta! Eu sempre soub