Júlia foi despertada por batidas na porta. Ela se levantou de repente, certa de que alguém estava batendo à porta de sua casa.
— Quem é? — Júlia perguntou com cautela, ainda atrás da porta.
Essa noite, José ficaria no laboratório fazendo hora extra. Se realmente fosse algum bandido, ela não teria ninguém para protegê-la.
As batidas pararam por um momento, mas quem estava do lado de fora não respondeu.
Como Júlia não abria, ele voltou a bater.
— Se você não falar, não vou abrir a porta. — Disse Júlia.
— Jú. — Rafael deu uma risada amarga.
Ela continuava teimosa como sempre:
— O que você quer?
Júlia franziu a testa automaticamente ao reconhecer a voz dele.
— Deixa eu entrar, vamos conversar. Eu prometo que não vou fazer nada. Se você não confiar, pode deixar a porta só encostada... — Disse Rafael.
— Não temos nada para conversar. — Júlia o interrompeu, deixando claro que não tinha intenção de abrir a porta.
Depois disso, por mais que ele batesse ou implorasse, Júlia fingiu que não ouvia.