O sol já começava a descer no horizonte quando o último grupo se dispersou para os alojamentos. Claer terminava de guardar armas de treino na sombra de uma barraca, sozinha, quando sentiu o cheiro. Almíscar e sândalo.
Ares.
Ela não se virou de imediato.
— Está perdido, Alfa Ares?
A voz dela era firme, mas o lobo dentro de si rosnava inquieto. A presença dele era impossível de ignorar.
— Não. Só esperando o seu teatro terminar.
Ela virou-se devagar, encontrando os olhos dele. Agora sem os olhares da matilha, Ares era outro. Mais sombrio. Mais cru.
— Você sabe como interpretar bem, — ela disse, fria. — Um Alfa exemplar. Frio. Imune. E que rejeita sua alma destinada, com crueldade e sem emoção.
— E você? — Ele se aproximou, os olhos faiscando. — A guerreira perfeita. Distante. Sarcástica. Mas com os olhos que ainda queimam quando me encaram por mais de três segundos.
— Presunção não é charme, Alfa Ares.
Ele chegou mais perto. A voz dele agora era baixa, quase um sussurro.
— Você está viv