O dia ainda estava começando, a luz suave da madrugada atravessando as cortinas do quarto principal. Clarice acordou de repente, não pelo movimento dos meninos no andar de cima ou pelo som dos lobos no pátio, mas por algo mais sutil. Um aroma novo, delicado e envolvente, pairava no ar.
Lyanna… você está sentindo? sussurrou mentalmente, ainda com a voz sonolenta.
Sinto, Clarice. É doce… mas diferente. Não é como antes, não é o cheiro de Caelan e Draven.
Clarice fechou os olhos por um instante, inspirando fundo, como se quisesse gravar aquele perfume na memória. Não havia como confundir: o cheiro estava impregnado na pele dela, suave, mas com uma força silenciosa.
É nosso. – A voz de Lyanna soou grave, quase reverente. – Mas é… delicado. Uma nova vida.
O coração de Clarice acelerou, não de susto, mas de reconhecimento. Na gravidez dos meninos, Ares havia percebido antes dela. Agora, era diferente — era a loba que a despertava, quase como se a filhote quisesse se apresentar à mãe.
— Não