Ao deixarem a sala, o ar fresco da manhã entrou pelos corredores de pedra, e Clarice inspirou fundo, sentindo que a tensão da conversa havia se transformado em algo mais leve, quase caloroso.
Lysendra caminhava ao lado dela, a mão pousada com carinho em seu braço.— Você acha mesmo que eu poderia ficar em Arkhadia depois de tudo o que senti? — a voz da rainha soava suave, mas carregada de emoção. — Durante a guerra, a cada hora eu sentia aquela pressão no peito, aquela angústia… e você aqui, longe de mim. Como mãe, Clarice, eu não podia simplesmente esperar notícias. Eu precisava ver com meus próprios olhos como estava minha menina.Clarice sorriu, embora os olhos ardessem.— Agora não sou só a sua menina… — ela disse, num tom que misturava timidez e orgulho. — Sou uma loba acasalada.— Justamente por isso — Lysendra apertou a mão dela — eu precisava estar aqui. E estarei novamente, quando for a cerimônia. É um momento que não vou perder por nada n