O caminho para o quarto foi feito em silêncio, Ares olhou para ela e se absteve de comentar qualquer coisa. Os passos pesados, o corpo tomado por um cansaço que não era físico — era ancestral.
Ela entrou sem olhar para ele, a porta se fechou atrás dela com um estalo suave. O silêncio que a envolveu não era vazio. Era denso. Carregado de tudo o que ela sentira naquela noite: a pulsação da matilha em suas mãos, as vozes sussurradas da terra, o calor do sangue derramado pelos renegados, o bater dos corações das crianças com medo, tudo, ela sentiu.
Clarice parou no centro do quarto. As mãos tremiam levemente. Seu coração batia mais devagar agora, mas a mente... a mente continuava em alerta.
Ela fechou os olhos.
— Lyanna... — murmurou, num sussurro quase sem fôlego.
E ela veio.
*** Estou aqui Clear.
Clarice se sentou no chão, cruzando as pernas, os ombros caídos, a cabeça baixa. O que aconteceu hoje drenou sua força de uma forma que não tinha acontecido antes.
*** Como você fez aquilo hoje