Capítulo 195

O primeiro amanhecer no retiro chegou com o som constante da água, como se a própria terra respirasse. Clarice acordou antes que Tasmira viesse chamá-la, sentindo o corpo surpreendentemente leve, mas a mente inquieta. Não havia janelas voltadas para o mundo externo — apenas uma pequena abertura no alto, por onde um fio de luz prateada ainda escorria, resquício da lua que partia.

Ao abrir a porta do quarto de pedra, encontrou Mavinne aguardando com uma jarra de barro fumegante. — Chá de raiz de lirya. — Ela entregou a caneca. — Purifica o sangue e acalma o espírito.

Clarice bebeu, o sabor terroso se misturando com um leve amargor. Não era algo que beberia por prazer, mas havia algo reconfortante na sensação morna descendo pela garganta.

— Hoje você passará mais tempo nas águas — disse Ynes, surgindo com o vestido simples que substituiria o da noite anterior. — Não há pressa. Respire, ouça e sinta.

O dia seguiu sem ruídos além do som da queda d’água e do farfalhar das folhas lá fora. As
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