Mundo ficciónIniciar sesiónLucas Park
Não sei descrever a dor exata de ver aquelas marcas: uma mordida profunda na curva do pescoço, um hematoma arroxeado na lombar, outro ali perto das costelas, as impressões digitais funestas marcando ambos os pulsos, cinco dedos, claros, cruéis e mais hematomas espalhados como mapas de violência.
Minha respiração travou quando folheei até a última foto: as costas dela rachadas por uma queimadura tão intensa que a pele parecia ter derretido em duas linhas verticais, da nuca à cintura, como se alguém tivesse arrastado um ferro em brasa pelo corpo. Senti o estômago revirar, a visão a escurecer em bordas, e por um momento a única coisa que me acompanhou foi o eco de um nó no peito que me esmagava as costelas.
Quanto de dor ela teve que suportar antes de tudo aquilo? Quantos grito







