Mundo de ficçãoIniciar sessãoLucas Park
A sala parecia menor a cada segundo, o ar rarefeito, as paredes se aproximando, como se tudo ali quisesse me esmagar.
— Senhor Park? — ouvi uma voz que me fez cerrar os punhos — Podemos dar uma palavrinha?
Aquele maldito tom de autoridade era inconfundível. O inspetor de polícia entrou na sala com a postura de sempre: ombros erguidos, olhar de quem se acha dono da verdade e um leve sorriso no canto dos lábios que me deu vontade de socá-lo até esquecer meu nome.
Aquele homem era uma sombra que me perseguia há anos, esperando o menor deslize para me destruir. Já perdi as contas de quantas vezes tentou me incriminar por merdas que ele mesmo inventava, talvez apenas por orgulho ferido, talvez por vingança. Afinal, sua filha se iludiu comigo uma vez, e ele nunca me perdoou por isso.







