Gabrielle
Mas não durou muito. Ele se recompôs com a mesma velocidade com que se abalou. Em questão de segundos, os ombros voltaram a se erguer, o queixo se projetou para frente e seu corpo assumiu aquela postura perigosa, predatória, que fazia meu corpo inteiro reagir antes mesmo que eu pudesse pensar.
— Podemos continuar... de onde paramos — murmurou, se aproximando, a voz baixa e arrastada, como um convite envolto em pecado.
Dei um passo para trás, instintivamente, cruzando os braços à frente do peito como uma armadura de última hora. Eu não confiava em mim mesma, não com ele por perto. Mas minha voz saiu firme, contrariando o tremor que ameaçava surgir em minhas pernas:
— Não vai me fazer mudar de ideia.
Ele parou. E então abriu aq