Gabrielle
Lá dentro, tudo era minimalista. Uma cadeira reclinável, uma bandeja com instrumentos esterilizados, tintas, agulhas. O tatuador já estava à nossa espera. Um homem de aparência soturna, com olhos afiados e braços cobertos de símbolos que pareciam tribais, mas que pareciam vibrar sob a luz.
— É pra ela? — perguntou o homem, olhando para mim e depois para Gadreel, como se soubesse mais do que devia.
— Sim — respondeu Gadreel, sem hesitar. — Mas quem vai escolher é ela.
Ele se afastou, como se estivesse me entregando a um ritual. O tatuador me ofereceu um caderno de desenhos, mas eu não toquei. Olhei para Gadreel, que agora encostava na parede, braços cruzados, me observando como se esse momento dissesse mais sobre mim do que qualquer palavra.