Gabrielle
Às vezes me pego pensando no que realmente significa ser adulta. Já procurei respostas em filosofias antigas, visões humanistas e até em dogmas religiosos, mas nenhuma delas parece ter força suficiente para sustentar o peso dessa pergunta. Nada parece ser claro ou definitivo. É como se a própria ideia de crescer fosse construída sobre uma base frágil de expectativas falsas.
Durante toda a minha vida, acreditei que, ao alcançar a idade estipulada por meu pai, eu finalmente teria todas as respostas que me fariam sentir inteira, preparada, no controle. Como pude ser tão ingênua? Agora, com essa data tão próxima, percebo que o que acumulei não foram certezas, mas uma avalanche sufocante de perguntas. E isso me apavora. Porque, por mais que tenha me sentido segura até aqui, cheia de opiniões bem form