Gabrielle
Aquela maldita mensagem de aviso parecia mais uma sentença, e o que mais doía era saber que eu era a origem de tudo. Ele acreditava que eu não estava agindo por vontade própria. Acreditava que eu estava sendo manipulada, forçada, presa em um jogo que não compreendia. Talvez, no fundo, ele preferisse pensar isso a aceitar que eu estava ali por escolha. Fiquei surpresa por ele não ter vindo atrás de mim quando deixei a mesa de jantar. Não me ligou. Não mandou uma única mensagem. Nada. E eu não sabia o que me incomodava mais: o silêncio dele ou o fato de eu me importar com isso.
Antes mesmo que eu pudesse aprofundar os pensamentos, outra notificação surgiu na tela, como um estalo seco dentro do quarto.
MIA: Onde você está, Gadd? Quando posso voltar para casa?