Lucas Park
Qual é o limite da sanidade humana? Até onde podemos esticar nossa mente, tentando moldá-la à nossa realidade sem que ela se quebre? Eu não fazia ideia se existia um ponto de inflexão para o modo como lidamos com nós mesmos, mas se existisse, eu tinha certeza absoluta de que já o havia ultrapassado.
E não sou hipócrita para fingir que não sei como cheguei até aqui. Pelo contrário, sei exatamente cada maldito passo que dei em direção ao abismo onde agora me encontrava. Nenhuma escolha foi feita no escuro. Nenhuma decisão foi impensada. Eu vi cada peça se mover, cada erro se acumular, cada fenda se abrir sob meus pés, e ainda assim continuei caminhando. Como se, no fundo, a queda fosse a única opção aceitável.
Talvez Gadreel estivesse