Gabrielle
Por que estava tão sensível naquele dia? Eu odiava essa versão de mim mesma que tinha descoberto recentemente: humana, vulnerável, real. Estava tão acostumada a encenar, fingir, enganar a todos — e a mim mesma — que, agora que a máscara havia caído, não sabia como recolocar os cacos. Sentia-me exposta, e essa vulnerabilidade me causava repulsa, medo e raiva.
Senti meus olhos queimarem. Sério? Eu ia chorar outra vez? Esse era o peso da culpa em saber que ele também seria atingido quando eu agisse? Bem feito para mim.
— Eu não mereço essas lágrimas, meu amor — disse ele, limpando minha bochecha com o polegar. — Nenhum de nós merece.
— Parece de eu consegui ferrar com tudo. — dei de ombros — E mesmo assim você a